Brumadinho: Rompe a barragem, a sirene falha, mas Jesus como sempre se faz presente

Na manhã do dia 20 de dezembro de 2017, Deus me revelou uma grande tragédia, recordo como se fosse hoje, o que visualizei foi assustador e a dor imensa. No momento, não consegui compreender o que via, permaneceu sendo um mistério, mas algo me chamou muita atenção nessa revelação.

Espiritualmente, fui levada a um local aparentemente tranquilo, enquanto eu observava a paisagem, fui surpreendida por uma imensa quantidade de lama, esta que vinha em minha direção levando tudo o que havia pela frente. Entrei em desespero, pois, fui pega de surpresa e sem saber o que fazer para escapar da morte, clamava a misericórdia de Deus.

Foi tudo muito rápido, vi pessoas desesperadas passando por mim correndo tentando escapar, mas não tinha muito o que fazer, pensei em meu irmão, senti na pele o quanto ele seria prejudicado.  Além disso, bem próximo de onde eu estava, em uma pequena trilha por onde pessoas passavam correndo, notei que havia naquela passagem uma patena com hóstias consagradas, estavam disponíveis para quem quisesse comungar.

Percebi também que somente algumas pessoas conseguiram estender a mão e pegar uma hóstia, pois na correria, a maioria das pessoas passaram correndo sem rumo, nem sequer perceberam que Jesus estava presente no momento daquela tragédia. Eu também passei pelo local e não me contentei em comungar, sei que deveria ter pego uma única hóstia, mas acabei pegando várias, pois eu queria levar Jesus comigo. Como podem perceber, eu descrevo isso no e-mail que registrei no dia 26 de dezembro de 2017, pouco mais de um ano antes do ocorrido.

É importante esclarecer que, na tradição católica a hóstia consagrada representa o corpo de Cristo, da mesma forma que o vinho representa o sangue derramado para a remissão dos pecados. A palavra de Deus nos ensina em Marcos 14, 22: “Durante a refeição, Ele tomou o pão e, depois de ter pronunciado a bênção, partiu-o, deu-lhes e disse: Tomai, isto é o meu corpo”.

Hoje posso compreender o que Deus me revelou naquela manhã, diante da grande tragédia ocorrida no horário do almoço no dia 25 de janeiro de 2019, com o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, onde o mar de lama levou tudo o que tinha pela frente e ocasionou a morte de centenas de pessoas, deixando rastro da destruição.

A dor e o sofrimento das pessoas envolvidas nessa tragédia abalou o mundo, doí, doí muito ver e não compreender onde iria ocorrer a tragédia, pergunto a Deus o porquê de eu ter passado por tudo isso muito tempo antes do ocorrido, ter que viver e sentir na pele o que nossos irmãos de Brumadinho iriam enfrentar.

Mas como posso questionar, quem sou eu para compreender o mistério da Santa Hóstia? Não tenho dúvidas, Jesus estava presente naquele momento de dor e sofrimento, como mais uma vez revela sua presença na santa hóstia consagrada, Ele jamais nos abandona. Tanto para os nossos irmãos que se foram, quanto para os que ainda precisam continuar sua missão aqui na Terra, quem determina a hora é Deus, Ele sabe o que faz.

Talvez o que Deus me revelou através das hóstias seja, o sacrifício de Jesus e como Ele, muitos seriam vítimas inocentes a serem sacrificados pelo mar de lama. Dessa maneira, depois da grande tragédia ocorrida em Brumadinho e que previ um ano antes, não posso imaginar que os responsáveis pelas mineradoras não tomem as devidas providências para evitar que mais inocentes percam suas vidas de uma forma tão triste. Penso que, se não fosse o descaso e incompetência dos responsáveis, essa tragédia poderia ter sido evitada.

No entanto, podemos não compreender os mistérios a nós revelados, mas sabemos que estamos de passagem nesta vida, por isso, não devemos esperar pelo toque da sirene para nos alertar do perigo, ela pode falhar e a qualquer momento poderemos ser pegos de surpresa pelo rompimento da barragem da vida, esta que é necessária para o nosso grande e glorioso encontro com Deus.

Referência: Fonte: Imagem: Reprodução/TV Globo

Paz e Luz!

Joaquina Donato

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Meu nome é Joaquina Donato, nasci em 1963, sou sensitiva e me considero mística por natureza, pois aprendi desde muito cedo a conviver com o mistério.